domingo, 26 de junho de 2011

Arguto; histórico e histérico; Eu...

Diletante
e egoísta.

Muito
espelho
e sem ligar para
sofismas,
capciosamente
abraço o desejo pelo acaso
como
quem sorri para dentro
e não para outrem.

Ora rude, ora, sempre...
com uma palavra-pólvora
ou uma proposta traiçoeira
por entre os dentes...

Espinho aberto em botão.
A nova manhã me aguarda,
quedo aos braços delas,
anestesiado pelo êxito da satisfação,
tratamos de nossas feridas,
e sorrimos mais e mais...

Paradoxo de Epicurista
ou câncer não tratado.

Atravesso a rua e te versejo
um sorriso,
mesmo amarelado pela nicotina,
é teu e para ti,
tu que me arrebatas
dia após noite.
Que me suporta e toleras.

Com meu ego agigantado
e minha coleção interminável de
mediocridade e falhas...

Ao fim,
um palhaço-bufão-rancoroso.
Mas ando de bicicleta e quando chove,
tenho preguiça pelo frio e,
quando sol, tenho sono pelo calor...
- desde quando isso é bom?
- ora, noutro quando quero.

Ao chão vai ao espelho, quebra-se em incontáveis pedaços...
- Sete anos de azar!
- Talvez o teu e da humanidade, pois, estarei multiplicado em cada partícula fragmentada.
-...
-...
-...
-...
-...
-...
-...
[...]
-...
-....

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Amargo

Assim ela disse;
Você é tão amargo
tão amargo
mas tão amargo
mas tão amargo
que até
a tua semente é amarga.

O tempo é coisa oca...

As unhas que levam tua
biologia mais externa e geográfica,
alimentam com vasos sanguíneos
escoando o líquido vital
como licores de
noites em vermelho,
vou em delírio com olho fotográfico
- de longe e aproximado -,
revelando o altíssimo-relevo em
tuas curvas
os desenhos feitos com a mais pura
euforia-de-riso-de-canto-de-boca-e-malícia
como espinhos emplumados
de uma delícia carnal e gritante,
uivo e gemido;
sussurro com mãos dadas,
mais sorrisos e riscos com as unhas delas e das mãos.
O tempo é coisa oca
quando não cabe nos nossos
corpos.
O tempo é coisa oca
quando não cabe nos nossos
sentidos.
O tempo é coisa oca
quando não cabe nos nossos
desejos.
O tempo é coisa oca
quando não cabe nas nossas
vontades.
Daí temos a boa lembrança.
Não como nostalgia inválida, não,
temos nisso,
a coletivização do que se sonha e se faz,
que ruma para dentro do corpo,
que se expele junto aos poros,
que pulsa e tilinta como hormônio ou o bate-estaca
que trazemos dentro do peito que pulsa e pulsa e pulsa mais
ra
pi
da
m
e
n
t
e
dentro de cada novo segundo
que respiramos em acalmada loucura,
dentro de cada abraço nosso
e dentro de cada mesa,
de cada copo corpo e bar.
O que ser quer é simples; viver.
Amar e ser Livre!

- Ao chão um panfleto subversivo diz:

QUEREMOS A VIDA EM TODAS AS SUAS POSSIBILIDADES,
APENAS A VIDA E POR TODA A VIDA!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Viva Verve!

Vamos começar com uma invenção, ou lembrança, ou ainda, uma pincelada de mentira e parcialidade - asseguro; não tenho nada com verdade e tão-somente por isto, nada posso bradar, digo, além da habitual chatidão e pequenez telencefálica.

Passemos para o reino da lembrança...
Uma criança vê uma figurinha no chão e abre um sorriso, pois, é a mais difícil de encontrar e a última que falta para que sua coleção se complete, os dentes já estão cariados de tanto açúcar do chiclete, mas, um outro garoto apanha do chão a tal lfigura e a coloca no bolso...

- Ei, eu vi primeiro!
- Foda-se, eu peguei!

Fim

?

Para que diabos serve este último parágrafo?!

No mais, de quem é uma obra? Já ouvi por aí que "a poesia é de quem precisa", tá certo, use-a, aliás, uma obra deixa de ser do obrador depois de obrada. Mas, existe uma foto que não sei de quem é até agora...



1 -Man Ray é o dono da máquina e foi ele quem clicou o disparador.
2 -Marcel Duchamp compôs a Fotografia; Rrose Sélavy é o próprio Duchamp travestido.
3- De quem é a obra?!




De quem é esta composição acima?
De quem tirou a tampa da objetiva, apontou e apertou o disparador,
ou, deste louco fotografado com uma capa de vilão; camisa do Napalm Death;
micro-calção verde; um capacete de ciclista enrolado com papel laminado;
uma, ou, duas, ou muitas doses e um Poema de Roberto Piva gritado?
De quem é a composição?


Se Algum Alguém me convence que a primeira imagem é de Duchamp - Rrose Sélavy,
ou de Man Ray, faço uma festa, mas, ainda sim há um terceira opção;
uma Obra conjunta. A festa acaba com a terceira opção... [perdeu playboy!]


Se a Segunda imagem não é minha só pode ser do fotógrafo, mas, sei que não pode ser uma obra conjunta, pois, não conversamos sobre isto, logo, é uma foto não autorizada e descobri postada em um site de relacionamentos, e sei que não é uma foto de Interesse Público, não possui Cunho Social, não é de Interesse Jornalístico.

O fotógrafo pode falar em Direto de informar, mas, onde fica o meu Direito de Imagem?
- Deixo claro que não sou legalista, mas, é uma questão pertinente ao meio ao qual estou inserido. Ah, e o fotógrafo é Victor Braga.

Viva Verve!










sexta-feira, 3 de junho de 2011

Aos Gritos!



Foto - Marquinhos
Onde ? - Calourada de Artes Visuais - IFCE - 2000 e 11 ponto 1.
O poema gritado - "Rosa de Pólvora Negra".