sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Antes que o estio cesse...




Deixei de saber querer e o café é o que assegura os pés ao chão.
O tédio é vasto e altíssimo.
O tempo não estanca.

Meu teremim não está pronto.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Por aqui e acolá; luz!










Nenhuma surpresa

Passo o dia esperando a noite chegar.
Abro o livro e ouço a mesma canção mais uma vez.

A história é a mesma e não adianta
[re]ouví-la.

Num galope,
tudo se esvai.

Agora não há retorno,
a estrada muda com o tempo
e
quando lento,

Tento correr mais um pouco,
mas são as amarras do
vento que derrubam
os
passos magros

Purulentos e
caducos.

A noite passa e
não tenho forças
para
dizer o que pretendo dizer.

A lua ainda é um pórtico, mas,
não há
nada
para
além...

Deveria ter entregue 4 filmes na locadora.

Deveria ter gritado.
Deveria ter feito.
Deveria falar.

Deveria ter sido.

Devendo.

A vida está devendo.
Vendida.

Paro e penso no quanto é raro tudo o que não toquei.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O homem de cabeça de papelão

João do Rio


No País que chamavam de Sol, apesar de chover, às vezes, semanas inteiras, vivia um homem de nome Antenor. Não era príncipe. Nem deputado. Nem rico. Nem jornalista. Absolutamente sem importância social.

O País do Sol, como em geral todos os países lendários, era o mais comum, o menos surpreendente em idéias e práticas. Os habitantes afluíam todos para a capital, composta de praças, ruas, jardins e avenidas, e tomavam todos os lugares e todas as possibilidades da vida dos que, por desventura, eram da capital. De modo que estes eram mendigos e parasitas, únicos meios de vida sem concorrência, isso mesmo com muitas restrições quanto ao parasitismo. Os prédios da capital, no centro elevavam aos ares alguns andares e a fortuna dos proprietários, nos subúrbios não passavam de um andar sem que por isso não enriquecessem os proprietários também. Havia milhares de automóveis à disparada pelas artérias matando gente para matar o tempo, cabarets fatigados, jornais, tramways, partidos nacionalistas, ausência de conservadores, a Bolsa, o Governo, a Moda, e um aborrecimento integral. Enfim tudo quanto a cidade de fantasia pode almejar para ser igual a uma grande cidade com pretensões da América. E o povo que a habitava julgava-se, além de inteligente, possuidor de imenso bom senso. Bom senso! Se não fosse a capital do País do Sol, a cidade seria a capital do Bom Senso!

Precisamente por isso, Antenor, apesar de não ter importância alguma, era exceção mal vista. Esse rapaz, filho de boa família (tão boa que até tinha sentimentos), agira sempre em desacordo com a norma dos seus concidadãos.

Desde menino, a sua respeitável progenitora descobriu-lhe um defeito horrível: Antenor só dizia a verdade. Não a sua verdade, a verdade útil, mas a verdade verdadeira. Alarmada, a digna senhora pensou em tomar providências. Foi-lhe impossível. Antenor era diverso no modo de comer, na maneira de vestir, no jeito de andar, na expressão com que se dirigia aos outros. Enquanto usara calções, os amigos da família consideravam-no um enfant terrible, porque no País do Sol todos falavam francês com convicção, mesmo falando mal. Rapaz, entretanto, Antenor tornou-se alarmante. Entre outras coisas, Antenor pensava livremente por conta própria. Assim, a família via chegar Antenor como a própria revolução; os mestres indignavam-se porque ele aprendia ao contrario do que ensinavam; os amigos odiavam-no; os transeuntes, vendo-o passar, sorriam.

Uma só coisa descobriu a mãe de Antenor para não ser forçada a mandá-lo embora: Antenor nada do que fazia, fazia por mal. Ao contrário. Era escandalosamente, incompreensivelmente bom. Aliás, só para ela, para os olhos maternos. Porque quando Antenor resolveu arranjar trabalho para os mendigos e corria a bengala os parasitas na rua, ficou provado que Antenor era apenas doido furioso. Não só para as vítimas da sua bondade como para a esclarecida inteligência dos delegados de polícia a quem teve de explicar a sua caridade.

Com o fim de convencer Antenor de que devia seguir os tramitas legais de um jovem solar, isto é: ser bacharel e depois empregado público nacionalista, deixando à atividade da canalha estrangeira o resto, os interesses congregados da família em nome dos princípios organizaram vários meetings como aqueles que se fazem na inexistente democracia americana para provar que a chave abre portas e a faca serve para cortar o que é nosso para nós e o que é dos outros também para nós. Antenor, diante da evidência, negou-se.

— Ouça! bradava o tio. Bacharel é o princípio de tudo. Não estude. Pouco importa! Mas seja bacharel! Bacharel você tem tudo nas mãos. Ao lado de um político-chefe, sabendo lisonjear, é a ascensão: deputado, ministro.

— Mas não quero ser nada disso.

— Então quer ser vagabundo?

— Quero trabalhar.

— Vem dar na mesma coisa. Vagabundo é um sujeito a quem faltam três coisas: dinheiro, prestígio e posição. Desde que você não as tem, mesmo trabalhando — é vagabundo.

— Eu não acho.

— É pior. É um tipo sem bom senso. É bolchevique. Depois, trabalhar para os outros é uma ilusão. Você está inteiramente doido.

Antenor foi trabalhar, entretanto. E teve uma grande dificuldade para trabalhar. Pode-se dizer que a originalidade da sua vida era trabalhar para trabalhar. Acedendo ao pedido da respeitável senhora que era mãe de Antenor, Antenor passeou a sua má cabeça por várias casas de comércio, várias empresas industriais. Ao cabo de um ano, dois meses, estava na rua. Por que mandavam embora Antenor? Ele não tinha exigências, era honesto como a água, trabalhador, sincero, verdadeiro, cheio de idéias. Até alegre — qualidade raríssima no país onde o sol, a cerveja e a inveja faziam batalhões de biliosos tristes. Mas companheiros e patrões prevenidos, se a princípio declinavam hostilidades, dentro em pouco não o aturavam. Quando um companheiro não atura o outro, intriga-o. Quando um patrão não atura o empregado, despede-o. É a norma do País do Sol. Com Antenor depois de despedido, companheiros e patrões ainda por cima tomavam-lhe birra. Por que? É tão difícil saber a verdadeira razão por que um homem não suporta outro homem!

Um dos seus ex-companheiros explicou certa vez:

— É doido. Tem a mania de fazer mais que os outros. Estraga a norma do serviço e acaba não sendo tolerado. Mau companheiro. E depois com ares...

O patrão do último estabelecimento de que saíra o rapaz respondeu à mãe de Antenor:

— A perigosa mania de seu filho é por em prática idéias que julga próprias.

— Prejudicou-lhe, Sr. Praxedes?

Não. Mas podia prejudicar. Sempre altera o bom senso. Depois, mesmo que seu filho fosse águia, quem manda na minha casa sou eu.

No País do Sol o comércio ë uma maçonaria. Antenor, com fama de perigoso, insuportável, desobediente, não pôde em breve obter emprego algum. Os patrões que mais tinham lucrado com as suas idéias eram os que mais falavam. Os companheiros que mais o haviam aproveitado tinham-lhe raiva. E se Antenor sentia a triste experiência do erro econômico no trabalho sem a norma, a praxe, no convívio social compreendia o desastre da verdade. Não o toleravam. Era-lhe impossível ter amigos, por muito tempo, porque esses só o eram enquanto. não o tinham explorado.

Antenor ria. Antenor tinha saúde. Todas aquelas desditas eram para ele brincadeira. Estava convencido de estar com a razão, de vencer. Mas, a razão sua, sem interesse chocava-se à razão dos outros ou com interesses ou presa à sugestão dos alheios. Ele via os erros, as hipocrisias, as vaidades, e dizia o que via. Ele ia fazer o bem, mas mostrava o que ia fazer. Como tolerar tal miserável? Antenor tentou tudo, juvenilmente, na cidade. A digníssima sua progenitora desculpava-o ainda.

— É doido, mas bom.

Os parentes, porém, não o cumprimentavam mais. Antenor exercera o comércio, a indústria, o professorado, o proletariado. Ensinara geografia num colégio, de onde foi expulso pelo diretor; estivera numa fábrica de tecidos, forçado a retirar-se pelos operários e pelos patrões; oscilara entre revisor de jornal e condutor de bonde. Em todas as profissões vira os círculos estreitos das classes, a defesa hostil dos outros homens, o ódio com que o repeliam, porque ele pensava, sentia, dizia outra coisa diversa.

— Mas, Deus, eu sou honesto, bom, inteligente, incapaz de fazer mal...

— É da tua má cabeça, meu filho.

— Qual?

— A tua cabeça não regula.

— Quem sabe?

Antenor começava a pensar na sua má cabeça, quando o seu coração apaixonou-se. Era uma rapariga chamada Maria Antônia, filha da nova lavadeira de sua mãe. Antenor achava perfeitamente justo casar com a Maria Antônia. Todos viram nisso mais uma prova do desarranjo cerebral de Antenor. Apenas, com pasmo geral, a resposta de Maria Antônia foi condicional.

— Só caso se o senhor tomar juízo.

— Mas que chama você juízo?

— Ser como os mais.

— Então você gosta de mim?

— E por isso é que só caso depois.

Como tomar juízo? Como regular a cabeça? O amor leva aos maiores desatinos. Antenor pensava em arranjar a má cabeça, estava convencido.

Nessas disposições, Antenor caminhava por uma rua no centro da cidade, quando os seus olhos descobriram a tabuleta de uma "relojoaria e outros maquinismos delicados de precisão". Achou graça e entrou. Um cavalheiro grave veio servi-lo.

— Traz algum relógio?

— Trago a minha cabeça.

— Ah! Desarranjada?

— Dizem-no, pelo menos.

— Em todo o caso, há tempo?

— Desde que nasci.

— Talvez imprevisão na montagem das peças. Não lhe posso dizer nada sem observação de trinta dias e a desmontagem geral. As cabeças como os relógios para regular bem...

Antenor atalhou:

— E o senhor fica com a minha cabeça?

— Se a deixar.

— Pois aqui a tem. Conserte-a. O diabo é que eu não posso andar sem cabeça...

— Claro. Mas, enquanto a arranjo, empresto-lhe uma de papelão.

— Regula?

— É de papelão! explicou o honesto negociante. Antenor recebeu o número de sua cabeça, enfiou a de papelão, e saiu para a rua.

Dois meses depois, Antenor tinha uma porção de amigos, jogava o pôquer com o Ministro da Agricultura, ganhava uma pequena fortuna vendendo feijão bichado para os exércitos aliados. A respeitável mãe de Antenor via-o mentir, fazer mal, trapacear e ostentar tudo o que não era. Os parentes, porem, estimavam-no, e os companheiros tinham garbo em recordar o tempo em que Antenor era maluco.

Antenor não pensava. Antenor agia como os outros. Queria ganhar. Explorava, adulava, falsificava. Maria Antônia tremia de contentamento vendo Antenor com juízo. Mas Antenor, logicamente, desprezou-a propondo um concubinato que o não desmoralizasse a ele. Outras Marias ricas, de posição, eram de opinião da primeira Maria. Ele só tinha de escolher. No centro operário, a sua fama crescia, querido dos patrões burgueses e dos operários irmãos dos spartakistas da Alemanha. Foi eleito deputado por todos, e, especialmente, pelo presidente da República — a quem atacou logo, pois para a futura eleição o presidente seria outro. A sua ascensão só podia ser comparada à dos balões. Antenor esquecia o passado, amava a sua terra. Era o modelo da felicidade. Regulava admiravelmente.

Passaram-se assim anos. Todos os chefes políticos do País do Sol estavam na dificuldade de concordar no nome do novo senador, que fosse o expoente da norma, do bom senso. O nome de Antenor era cotado. Então Antenor passeava de automóvel pelas ruas centrais, para tomar pulso à opinião, quando os seus olhos deram na tabuleta do relojoeiro e lhe veio a memória.

— Bolas! E eu que esqueci! A minha cabeça está ali há tempo... Que acharia o relojoeiro? É capaz de tê-la vendido para o interior. Não posso ficar toda vida com uma cabeça de papelão!

Saltou. Entrou na casa do negociante. Era o mesmo que o servira.

— Há tempos deixei aqui uma cabeça.

— Não precisa dizer mais. Espero-o ansioso e admirado da sua ausência, desde que ia desmontar a sua cabeça.

— Ah! fez Antenor.

— Tem-se dado bem com a de papelão? — Assim...

— As cabeças de papelão não são más de todo. Fabricações por séries. Vendem-se muito.

— Mas a minha cabeça?

— Vou buscá-la.

Foi ao interior e trouxe um embrulho com respeitoso cuidado.

— Consertou-a?

— Não.

— Então, desarranjo grande?

O homem recuou.

— Senhor, na minha longa vida profissional jamais encontrei um aparelho igual, como perfeição, como acabamento, como precisão. Nenhuma cabeça regulará no mundo melhor do que a sua. É a placa sensível do tempo, das idéias, é o equilíbrio de todas as vibrações. O senhor não tem uma cabeça qualquer. Tem uma cabeça de exposição, uma cabeça de gênio, hors-concours.

Antenor ia entregar a cabeça de papelão. Mas conteve-se.

— Faça o obséquio de embrulhá-la.

— Não a coloca?

— Não.

— V.EX. faz bem. Quem possui uma cabeça assim não a usa todos os dias. Fatalmente dá na vista.

Mas Antenor era prudente, respeitador da harmonia social.

— Diga-me cá. Mesmo parada em casa, sem corda, numa redoma, talvez prejudique.

— Qual! V.EX. terá a primeira cabeça.

Antenor ficou seco.

— Pode ser que V., profissionalmente, tenha razão. Mas, para mim, a verdade é a dos outros, que sempre a julgaram desarranjada e não regulando bem. Cabeças e relógios querem-se conforme o clima e a moral de cada terra. Fique V. com ela. Eu continuo com a de papelão.

E, em vez de viver no País do Sol um rapaz chamado Antenor, que não conseguia ser nada tendo a cabeça mais admirável — um dos elementos mais ilustres do País do Sol foi Antenor, que conseguiu tudo com uma cabeça de papelão.

ASPAS II

"Acho melhor não nos falarmos mais.
Dessa vez pra valer.
Bom pra mim e pra você.
Espero em breve não sentir mais saudades suas
e nem ficar viajando no que poderia ter sido e não foi
- porque não foi mesmo e pronto.
O nosso tempo passou."

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Segunda...



















Muitas das coisas que são importantes para você, não representam nada para mim. Os juros dos seus cartões, seu cheque especial, sua fatura. Seus desempenhos escolares, esportivos... Nada disso torna minha segunda-feira menos infeliz. Não seria a ressaca, nem o respiro castigado pela fumaça do cigarro inapagável, não. É um furo ainda sem dimensões e meu sobrinho diz; "ah, como seria bom se hoje fosse domingo de novo... seria bom demais...".













Remédio para segunda-feira é brincar feito criança.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Todo ódio ao mês de fevereiro!



Este é mais um relato que possui maternidade no tédio e, no seio do ostracismo, rege a sua sinfonia de presságios fundados tão-somente no campo das suposições.

Quinta-feira. Dia de sol bravio e ressaca. Vinho barato e fezes escuras caem das nuvens em cima das pessoas que tomam ônibus e tombam a vida - no pior sentido - em busca do ouro e outros mantimentos como celulares e bolsas de grifes francesas, ou, garotões que tomam cerveja belga ouvindo "death metal" em carros que seus pais emprestaram.

Continuo sem estímulos, sem contetamentos e vez por outra, alivio o tempo com um café fresco,
bem forte e amargo. Mesmo assim, o silêncio respira ao meu lado e quieto fico. Imóvel e despreocupado.

[ Quem é Ela?]

As pessoas ao redor, não passam de figurantes que não falam.

Pior, demonstram uma coisa que intitulam "entusiasmo", mas, vejo sempre dentro deste feitiço, uma mágoa ainda em botão. Logo o espinho é tocado e depois, a mágoa colhida, comida e formidavelmente enaltecida.

Eu queria era mais um gole. Mais um trago, mais um tango, mais um poema medíocre e míope! Eu queria era uma tonelada de pólvora e fazer um show pirotécnico dentro da prefeitura com todo mundo dentro!

Queria mesmo, era sair com uma garrafa de vodca na mão e uma bomba na outra! sim, isso eu queria! Correr batendo o pé na bunda como um infante!

Depois de todo o fogo - o mesmo que cremará meus restos-, queria recitar poemas de amor e loucuras! louvores pornográficos ao luar e bradar o triunfo das bicicletas que destruiram o reinado atômico dos grandes camaleões que usam calcinhas e consolos quando ninguém os observa...

Queria matar o vereador do meu bairro.

Queria que ela visse o meu soneto, queria que ela soubesse e que não soubesse ao mesmo tempo. Queria que todas as pessoas do mundo sumissem e eu pudesse andar com meu cachorro por aí sem medo de carros, ladrões, horários e cristões.

Mas,

nada corresponde com o que realmente posso.

Talvez eu tome mais uma xícara de café e pense em acender mais um cigarro e pense no cancêr vindouro. Talvez seja até melhor. Ou não...

Por hora,
fuck off and die!

Mil maldições para tod@s!





[ Poste ameaçando palmeiras - Maranhão, janeiro 010]

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Postulado "in vino veritas"

A poesia é uma seiva bruta que,
se elaborada,
perde a descompostura do seu jorrar.

Tal vez um nome... talvez.

O talvez
é a maior sensação
de angústia e,
na própria impotência
tem a sua maternidade.

O talvez
é o amargor do desejo
abortado dentro
da palavra não dita...

O talvez é
o que não se pode versificar,
pois,
qualquer tentativa,
é um se
e sendo assim,
o sim é só
mais uma tortura indizível.

O talvez é antiquíssimo,
atual e eterno.

Talvez tudo isso seja mentira,
ou, não...





[ Grades defronte aos muros... é como um verso da canção de roque da banda mais "punk" do mundo - CÓLERA-; "SÓ DÃO A MÃO PARA EMPURRAR"... apenas um triste coqueirinho em meio ao caos de todo dia... Bandeira está certo: "...a única coisa a fezer é tocar um tango argentino." ]

Fevereiro

Eu não gosto deste mês...
e ele só é curto pelo meu desgosto,
sim,

pelo meu desgosto,
e por isso
eu o desprezo!

Vejam que nojo é o carnaval!

Pessoas "felizes" para lá e para cá...
Idiotizadas com tanta "alegria" e "contentação"
[sinto até alergia... mas fico com a tentação!

Que merda!
Vão aos quintos infernais!
Passem o mês de fevereiro dormindo,
ou quem sabe,
morrendo!

Detesto do fundo do coração selvagem o mês de fevereiro!