segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Nenhuma surpresa

Passo o dia esperando a noite chegar.
Abro o livro e ouço a mesma canção mais uma vez.

A história é a mesma e não adianta
[re]ouví-la.

Num galope,
tudo se esvai.

Agora não há retorno,
a estrada muda com o tempo
e
quando lento,

Tento correr mais um pouco,
mas são as amarras do
vento que derrubam
os
passos magros

Purulentos e
caducos.

A noite passa e
não tenho forças
para
dizer o que pretendo dizer.

A lua ainda é um pórtico, mas,
não há
nada
para
além...

Deveria ter entregue 4 filmes na locadora.

Deveria ter gritado.
Deveria ter feito.
Deveria falar.

Deveria ter sido.

Devendo.

A vida está devendo.
Vendida.

Paro e penso no quanto é raro tudo o que não toquei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário