sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Todo ódio ao mês de fevereiro!



Este é mais um relato que possui maternidade no tédio e, no seio do ostracismo, rege a sua sinfonia de presságios fundados tão-somente no campo das suposições.

Quinta-feira. Dia de sol bravio e ressaca. Vinho barato e fezes escuras caem das nuvens em cima das pessoas que tomam ônibus e tombam a vida - no pior sentido - em busca do ouro e outros mantimentos como celulares e bolsas de grifes francesas, ou, garotões que tomam cerveja belga ouvindo "death metal" em carros que seus pais emprestaram.

Continuo sem estímulos, sem contetamentos e vez por outra, alivio o tempo com um café fresco,
bem forte e amargo. Mesmo assim, o silêncio respira ao meu lado e quieto fico. Imóvel e despreocupado.

[ Quem é Ela?]

As pessoas ao redor, não passam de figurantes que não falam.

Pior, demonstram uma coisa que intitulam "entusiasmo", mas, vejo sempre dentro deste feitiço, uma mágoa ainda em botão. Logo o espinho é tocado e depois, a mágoa colhida, comida e formidavelmente enaltecida.

Eu queria era mais um gole. Mais um trago, mais um tango, mais um poema medíocre e míope! Eu queria era uma tonelada de pólvora e fazer um show pirotécnico dentro da prefeitura com todo mundo dentro!

Queria mesmo, era sair com uma garrafa de vodca na mão e uma bomba na outra! sim, isso eu queria! Correr batendo o pé na bunda como um infante!

Depois de todo o fogo - o mesmo que cremará meus restos-, queria recitar poemas de amor e loucuras! louvores pornográficos ao luar e bradar o triunfo das bicicletas que destruiram o reinado atômico dos grandes camaleões que usam calcinhas e consolos quando ninguém os observa...

Queria matar o vereador do meu bairro.

Queria que ela visse o meu soneto, queria que ela soubesse e que não soubesse ao mesmo tempo. Queria que todas as pessoas do mundo sumissem e eu pudesse andar com meu cachorro por aí sem medo de carros, ladrões, horários e cristões.

Mas,

nada corresponde com o que realmente posso.

Talvez eu tome mais uma xícara de café e pense em acender mais um cigarro e pense no cancêr vindouro. Talvez seja até melhor. Ou não...

Por hora,
fuck off and die!

Mil maldições para tod@s!





[ Poste ameaçando palmeiras - Maranhão, janeiro 010]

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