terça-feira, 20 de abril de 2010

Café para dois

Uma sopa de silêncio e chuva.
Não um silêncio manco,
ausente,
mudo... não...
este não,
"nanão",
não mesmo...

Um silêncio
harmonioso,
enlaçado
entre os
braços
e
outros clichês
de noites chuvosas...

Ah,
este pulso
taqui
qui qui qui qui qui
cárdico
que levo dentro do bolso,
que sinto dentro
do livro,
do teu nome,
da falta do teu nome,
da curva dos teus cabelos
curtos
onde cabe uma
rede e um balanço...

Este tudo que ainda não pulsei,
bate à porta e não pede licença...

Entra e diz;
Café para dois.

Um comentário:

  1. Mas todo dia que me via,
    lá se vinham as mãozinhas frias.
    E me pediam:
    Protege, protege,não deixa ir.

    (Me enlaça?)

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