terça-feira, 13 de abril de 2010

Um sopro e um encanto

Um saxofone ocupava o meu sonho
quando ela abraçava o travesseiro
e a lembrança dum banco verde.

Eu quero voar e não temer a altura.
Quero não estar à deriva.

Que os ventos venham brandos.
Que em seu leito as dores cessem.

Que o café não amargue nossas bocas.

Um saxofone soprado por alguém sem rosto.
Uma tinta verde.

Um encanto.

Até deslembrei da cebola,
da faca e
do corte em meu polegar esquerdo...

Um encanto.

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