Postagem de número 100, ainda sem noção e sem qualquer predileção pelo bom senso. Escrevendo torto, ainda cansado e de malas prontas para o embarque no vagão da morte.
8030 dias de pura decadência. Nunca gravei com nenhuma das tantas bandas que já "toquei".Desfiz todas as promessas da infância. Não toco violino e meus sonetos precisam de gesso. Tô sem grana, mas, não tenho muitas dívidas.
Estou encantado por uma garota e não tenho coragem suficiente para dizê-la o tamanho deste encanto. Não sei se fiz bem em entregá-la uma folha azul com muitas letras colhidas em devaneios...
Mas um dia dentro deste ano-novo, perguntarei com os olhos fitando o chão e voltando aos seus olhos - como num zigue-zague-; um café?
Como assim comemorar mais um ano de vida? Este ano meu Pai não perguntará: "...são quantos anos mesmo?"... Que o cancêr venha rápido! Fumemos mais e mais! Ah, que mistério possui a morte... até outro dia.
Ontem foi o de Castro Alves e também o dia da Poesia. O que ele achava?
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Caneta de tinta preta
Minha caneta de tinta preta
é minha companheira e minha confidente.
Nunca se desespera,
ao contrário,
ocupa o meu desespero e o transparece em tinta.
Sabe de minhas escolhas e de minhas perguntas.
Num quase desespero suplico ajuda.
O juízo acabou.
Caneta, eu não quero mais ser
ser humano,
eu quero ir embora na sua tinta para longos sonhos...
mesmo sabendo de suas dores...
Caneta,
lanço uma proposta: fuja!
Liberte-se de mim!
Sou eu quem a sufoca.
Liberte-se de mim!
Vá, sonhe e escreva sua história, e se puder,
minta sobre minha pessoa, fale que eu era feliz.
04 setembro 06
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