quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Contido pelo conteúdo


"A fibra não morreu, mas, vivo é que não estou."
Humberto Teixeira


A noite é um territótio inóspito e populoso. Por vezes, esta pantera de um olhosó, encanta estrelas e decompõe os sentimentos humanos só para um sambista fazer mais um samba, ou, um poeta ralo gritar o nome da amada, da amante, ou, coisas piores.

Uma vez um pensonagem que colava cartazes nos postes foi seguido por um fascista.
Os cartazes diziam; "você não é seu salário", "você não é seu celular" e "você não é seu carro".

Um parafraseado bobo, mas, para o personagem em questão, fazia sentido, pois, ela deixava a abstinência de lado.

Depois ele foi brincar de ciranda com um canudo.

Depois ele teve uma overdose.

Depois ele morreu.

Por quais motivos a vida é tão longa?!
Por quais motivos as pessoas são tão idiotas?!

Preciso de Burroughs e sexo e drogas e grind core.

A noite passou apertada entre as superfícies lisas e quentes... Para depoisencontrar a mucosa e aliviar a sanidade.

Prefiro ver David Lynch.
E a palavra astuta atravessa a noite de carona com a insônia... Pernas dormentes. Língua dormente e dor não mente. Os olhos da mosca passeiam pelo livro aberto de Camus... e já sou a mais pura indefinição nesses dias sem noite... às vezes escondo-me no banheiro, ou na penumbra dos postes, ou, das esquinas.

POEMA

Não apague o meu poema
tal como o vento
apagou meu cigarro.
Não apague o poema
como meu amor foi
sufocado
e se algum alguém
tiver de morrer,
que seja você.
Morra lindamente.

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