segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Aspas

"Carregar impressões atemporais em depósitos esquisitos, em pedaços esquizofrênicos da memória mastigada pelas frequências e taxas cardíacas que reverberam no corpo que tateia o espaço neutro...

Um caminho invisível, ininteligível, uma força puramente contrária. A vida escapa por entre os dedos de forma amarga. E dentro da noite vejo as ondas de transmissão das televisores e escorrego
nas calçadas cantarolando um hino de horror e caos. Uma quase morte dança do outro lado da rua.
Sincroniza os gritos oriundos dos campos em chamas e com as cinzas do trigo, alimenta o nada.

-Engula e deixe que ele o degluta! deixe o nada embeber suas carnes como um inseto entre a salaiva de um aracnídeo predadror!

E na calçada havia um bêbado que dizia: " não há razão para fazer planos, pois, eles podem ter generosos resultados de intranquilidade."

Desalento."

Porfírio C. De S.

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