quarta-feira, 20 de junho de 2012

20/06/2012

Poderia falar
do seu cabelo curto lindo
e cortado,
ou ainda,
da cerveja gelada
que goteja riso e mais riso,
ou ainda
eu ao espelho
ou frente
aos teus olhos
falando do riso dela,
dela tu
delata,
onde o riso aflora
e a alfavaca rija e alta
te perfuma como a noite
e teu suor na língua
que doce,
me altera e nos deglutimos
em riso com as sacolas
na mão,
cheias de conversas
e luzes para compor
fotografias e poemas,
como quem tricota
e ri da própria fala...
um destaque sublime e belo,
e nesse momento,
não quero saber de esteticar,
só quero delatar meu querer aos olhos dela
enquanto verso,
carinho enquanto beijo,
e certeza quando penso e falo
e exprimo e corroboro em tríade:
tudo é permitido.

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