Poema misto
de garfo e faca
com a boca aberta
faminta
da criança
pequena e perdida
na cidade de ferro e cal
de onde
os vermes
tomam forma de gente
em galerias e avenidas
sujas
onde padres
e freiras fumam crack.
Bêbados dormem
na Praça dos Leões
onde o
Poeta Mário Gomes
fuma ao mesmo
tempo dois cigarros.
O café esfria
e o tempo derrete
esquálido e presente
no espaço
como
a inanição no menino
que por
de-
baixo
da ponte
anuncia as horas
da esquina quando
colado
na ponta da rua
de esquina
agendando o meretrício.
Se esta cena fosse
em outra latitude
outra longitude
o poema seria universal.
Mas é medíocre e pastoso
como
todas as letras que não
rompem com sua condição
estática.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário