Uma série de cadeiras cinzas
enfileiradas e um cajueiro visto
pela janela. Incômodo.
Barulhos frenéticos produzidos
por seres acinzentados,
sentados na cinza daeira de metal.
Um barulho, aliás, poluição sonora.
Na outra fila, um cara espirrava.
Eu aflito recheado de medo e revolta.
O arejado ar que lá fora
sente o cheiro do caju,
balança a folha da mengueira
e carrega fraternalmente
o sonido das cigarras agarradas aos troncos;
pacientes em suas eufóricas vidas de 24 horas.
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