Canção básica de tiroteio.
/25 de novembro do ano 21 depois do meu nascimento/
Existe o frio. A serra e também o fogo.
Nervos curtos de raízes fincadas dentro do
quarto -de hora- indurmível.
Preso no círculo.
Até destruir com os dentes as malditas engrenagens
destes dias de céu tumultuado,
de sonhos ao avesso e noites sem entusiasmo e sem lua.
Existe o homem... um bicho - nojento -
cheio de agonias - que o profissional
em saúde mental alega ser apenas um pequeno trauma... -,
advindas da civilização mercantil, e que
a castração dos sentidos está ligada
ao esmagamento dos seus sentimentos.
Seus anseios passam por vias
pavimentadas com sangue ódio e pressas.
- depressa, o sol vai morrer!
Deprima-se!
Estasie-se com o calor das estrelas mortas,
plane num ar de fúria e descontentamentos!
Faça compras e resuma a existência em dígitos bancários!
Cultive esquecimento nos bares
e
mesmo depois da ressaca, haverá o frio.
Todo dia bate à porta uma sensação de inverno.
E dentro do sempre, estou na rua, desprotegido e à deriva...
...
até as árvores dão as costas caindo...
tombam com o auxílio do "bom patrão" que não planta e colhe.
Com o cu,
garimpam ouro e mentiras.
E meu ex-patrão afirma;
"Mais-valia é um termo do século 18... não cabe mais em nossos dias...
classe social? isso não existe mais..."
É...
Terei de comer suas tripas em nome da classe.
E o mundo-futuro festejará sua morte.
E tomara que você não se reproduza...
Os malditos levariam genes de seu pai,
do pai do seu pai...
Você é inimigo da Classe, entende?!
Ainda bem que
existe a Revolta.
"Revolta é o que há de melhor em nós!"
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