sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

23:32

Bem de perto
bem como em
quanto
de quanto em quando
sem saber do sol
ou do suor
sem ao menos se preocupar com a terra
ou com o arado
pela distância entre os polos ou entre os atos
ferir o pé
ganhar um calo
requentar
o olho que se aproxima
ao espelho
ao vítreo
líquido distante que verte
em sal
pela fala que esfíngica
desvenda-se num
enigma-de-café-pequeno
ou perde-se na fala enlatada
ao rumo do ato, perde-se ao fazer,
e também no agir
no longo recato da clausura
à sombra
distante do arado
da terra
do sal e do suor
pálido e da paliçada
sabe quem as finca em um sítio
ou ainda no lócus do invisível e que
contradiz-se aqui o inefável
quando escrito
como na ocasião
asseverou o vento
numa constelação
de chaves, ou imagens arrogantes
enquanto o paradeiro
das moedas era descabida
palpita ao conviva
o suco das horas de ghaphien
pois assim é que é mais sério
o que independe da raiz
do comum
do açúcar do que fala
bem de perto com tantos
unguentos e tantos quantos e pois
e após disso e com isso
adequado ao recolhimento
sabe-se que o que não se tem
não se perde
e que o que se irmana pela diferença
é o que na presença do sol
não se queima pela teimosia
o estio é fértil para quem trama entre raízes
sem por elas souber não ser atingindo
 é dentro deste quando que mora
o que será
foi e
passou e nem nome logrou
- ou pela prática do vir-a-ser.