quinta-feira, 27 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Coletivo Pseudônimo
Intervenção em obra pública no Lago Jacarey.
Com a proposta de ocupação passageira dos tapumes que cercavam a obra. Desvirtuando-a assim de seu papel de apartar, distanciar e até segregar. A parte externa dos tapumes serviu como suporte e ofertou a possibilidade de interação entre as pessoas que transitavam pela praça – pessoas de várias idades, credos e trajetos -, fazendo assim do tapume um processo coletivo, e dentro disso, um ambiente aberto ao diálogo e o entrelaçamento de pessoas que até então não se falariam na praça em questão. Além de desfazer a ideia de espectador criando um espaço – mesmo que efêmero – de protagonismo do sujeito.
Pequenos bilhetes foram distribuídos anunciando uma “exposição relâmpago nos tapumes”, enquanto fotos eram fixadas nos mesmos. Primeiro contato visual dos transeuntes com a ação. Depois disso, a interação acontece de forma espontânea; perguntas como “o que vai acontecer”, “o que é isso?” começam a surgir. Com todas as fotos fixadas, diz-se que àquela ação é uma exposição onde a interação do público é bem vinda e necessária para que se concretize. E que ao final do processo, qualquer pessoa pode escolher a foto que gostar e levar para casa gratuitamente.
Em seguida, um convite foi pintado “Faça aqui o seu desenho”, e um recipiente foi parafusado no tapume contendo giz, livre para o uso; desenhar, escrever, levar para casa... Além de tinta e pinceis que foram utilizados coletivamente.
O término da ação deu-se quando nenhuma foto restava e não sobrava mais nenhum giz ou tinta.
***
O Coletivo Pseudônimo agradece aos Participantes da ação-proposta.
EXTRAÍDO DE:
coletivopseudonimo.blogspot.com
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Vomitaria tudo outra vez!
Alimentai com sangue e ódio o teu coração
pois o suor e o sono já tomaram o teu corpo
depois da labuta,
depois do terror que o teu patrão
te impõe com a migalha mensal...
o pouco dinheiro não é o problema
o problema é o dinheiro
o capitalismo que te espanca
com leis que asseguram que
o patrão te esfomeie
e que a polícia cuspa em sua cara
e esmague sua voz com cassetetes
e spray de pimenta
se você reclama da carestia do feijão
ou da escola sem professor, sem livro,
sem comida sem água e o pior sem futuro!
Novos dias são urgentes
“em tempos tão feios
a beleza é uma forma de protesto!
e o protesto é uma forma de beleza!”
nós a tudo construímos com suor e sangue.
Este mundo é nosso e o tomaremos das mãos
de quem nos oferta medo e violência!
Não esperaremos mais nada nem ninguém!
Se um Negro é morto a televisão o oferta a alcunha de bandido.
Se um Homossexual é espancado, a sua mídia o transforma
em agressor, pois, ele anda com roupas que ferem a “moral e os bons costumes...”
É você mesmo que não no fim do mês, mas, no fim das contas,
nada faz para que a mudança ocorra,
pois,
onde você estava quando nas ruas os
cães de guarda
do Estado Capitalista nos espreitavam?
Onde você estava quando o
BATALHÃO DE CHOQUE NOS ESPANCOU
Na Assembléia Legislativa do Ceará?!
Rezando?
Numa Vigília?
Numa conversa Diletante na internet?
É SUA OMISSÃO QUE PERMITE QUE TUDO ISSO SEJA DESTA MANEIRA
E NÃO DE OUTRA.
Alimentai com sangue e ódio o teu coração
o tempo dos poetas babosos findou há séculos!
Tomai as rédeas da tua própria vida!
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
O século xxi me dará razão ( se tudo não explodir antes )
ação a civilização cristã oriental & ocidental com sua tecnologia de
extermínio & ferro-velho, seus computadores de controle, sua
moral, seus poetas babosos, seu câncer que-ninguém-descobre-a-causa,
seus foguetes nucleares caralhudos, sua explosão demográfica, seus
legumes envenenados, seu sindicato policial do crime, seus ministros
gâgnsteres, seus gângsteres ministros, seus partidos de esquerda
fascistas, suas mulheres navios-escola, suas fardas vitoriosas, seus
cassetetes eletônicos, sua gripe espanhola, sua ordem unida,
sua epiderme suicida, seus literatos sedentários, seus leões-de-chácara
da cultura, seus pró-Cuba, anti-Cuba, seus capachos do PC, seus
bidês de direita, seus cérebros de água choca, suas mumunhas
sempiternas, suas xícaras de chá, seus manuais de estética, sua aldeia
global, seu rebanho-que-saca, suas gaiolas, seus jardizinhos com
vidro fumê, seus sonhos paralíticos de televisão, suas cocotas, seus
rios cheios de lata de sardinha, suas preces, suas panquecas recheadas
com desgosto, suas últimas esperanças, suas tripas, seu luar de agosto,
seus chatos, suas cidades embalsamadas, sua tristeza, seus cretinos
sorridentes, sua lepra, sua jaula, sua estricnina, seus mares de lama,
seus mananciais de desespero.
Roberto Piva
fevereiro 1984
Hora Cósmica do Búfalo
terça-feira, 11 de outubro de 2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Paisagem por telefone
no chegar ouço ao telefone
a voz que mais sossega meu
peito dizendo;
- E aí é bonito meu filho?!
- É sim, Mãe, aqui é muito bonito...
MMX